sábado, 17 de dezembro de 2011

Luz!


Provavelmente hoje não dormirei cedo, o vinho ainda está na metade e por hoje não falei besteiras o suficiente. As luzes desta cidade esquecida brilham, um brilho artificial de natal, enquanto corre um menino ladrão e me rouba o sorriso mais preciso. E eu sigo sorrindo um sorriso que pouco a pouco me parece mais forçado, não era esta sua intenção seu menino ladrão, eu sei. E eu ando em todas as luzes da rua nova a brilhar, haverá ao menos por este mês, verde claro, amarelo, vermelho ... Luzes iridescentes. As estrelas? Eu olho para elas, nas noites que saio na rua e falo com meu ladrão ao telefone, são belas e me consola o fato de durarem pouco mais de um mês, quem as pendurou no céu sabia o que estava fazendo. Conto-as uma a uma durante os quarenta minutos de conversação, perco a conta toda vez que ele ri de alguma coisa boba que solto sem querer, é o sorriso mais bonito do mundo, é o mais verdadeiro... Nessas horas mesmo sem o calor, sem o cheiro, sem o corpo, eu sinto um alguém que mais uma vez me rouba algo que não sei bem explicar, maior que um sorriso. Me rouba a paz, a certeza de que posso ser feliz nos próximos dias, me rouba a segurança e tudo mais que me torne independente deste ser. Mas deixa em mim uma incrível certeza de que as coisas irão dar certo, e o telefone não tarda a tocar novamente... o mesmo sorriso, o brilho nos olhos, o beijo no pescoço. Afinal quem precisa viver em paz? A paz são os cinco minutos que passamos juntos enquanto o ônibus dele não chega.


Tainná Vieira de Lima

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Atende


Ao som de rimas mal feitas, eu canto este amor mal amado.
Amor de cima do telhado, de felinos apaixonados... de humanos desajeitados.
E canto sem saber cantar, sem ter o tom, sem o gingado... 
canto este amor desengonçado, este amor de cima dos telhados.
Com formas mal organizadas, eu desenho o seu retrato, seu olho perto boca, 
seu nariz próximo a nuca, seu cabelo curto e negro cobrindo suas bochechas.
Eu desenho no fim, seu rosto-personalidade. A pessoa em desorganização.
Só quero tudo de volta, retribua e faça o mesmo meu rapaz.
Quero uma música feita pra mim, ressalte nela meus defeitos mais simpáticos e não esqueça as irritantes qualidades, nem esqueça de pintar meu retrato preto de um lado e do outro branco.
Faça isto por mim, meu querido e não pule do alto dos telhados.
Eu tenho medo de que caia em algum lugar que não seja nos meus braços, tenho um medo danado de ficar longe de você. Por isso, mas só por isso vou te fazer um pedido:
Menino! Você quer casar comigo? Ser ao menos meu amigo?
Me deixa ficar perto de você?
Se for pedir demais... realiza apenas o último pedido.
EU TE AMO!


Tainná Vieira

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

12 de outubro


O momento é tão passageiro, num instante se passaram vinte anos.
E onde estão minhas bonecas neste dia das crianças triste?
Corre nas ruas minha menina já sabida, como diria minha avó...
Ela cresceu na mesma rua que eu... Nem sabe quanto é curto o tempo, ela deseja tanto ser gente grande,
E eu nunca entendo o porque desta pressa toda, eu não consigo entender.
Menina que brinca na rua molhada, que não se preocupa com nada... que não sente o tempo passar, você é tão parecida comigo... o mesmo olhar transparente e o mesmo vestido manchado.
Menina teu tempo é de ouro, aproveita... aproveita tuas madrugadas de sonho e tua tarde de amarelinha e pula-corda, e não perde também este cheiro de terra depois que a chuva cessa.
O momento é passageiro demais... e agora é tudo tão "compromisso" tão "hora certa" que já não aguento mais. Quero chorar no colo da minha avó... dizer pra ela que tudo que eu mais preciso hoje é do seu bolo de maracujá, do seu sofá azul e do chão frio da casa dela. Feliz dia das crianças!

Tainná Vieira

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Eu quero a esta estrada


Agora que volto pra cá... sinto que deveria não voltar.
As coisas estão estranhas demais, e o tempo agora é o que menos importa.
Longe daqui os dias demoram mais, dá pra fazer mais coisas ...
Rapaz meu bom rapaz... não quero ficar mais aqui.
Quero fugir!
Quero o mais rápido possível sair deste lugar... sair pra um novo lar.
Amor meu lindo amor... deixe-me ir em paz, rapaz... solta a minha mão.
Não sei se o meu coração colado ainda quer ser amado pelo teu coração partido.
Sei não...
A estrada dos indecisos é a mais longa estrada.

Tainná Vieira

domingo, 25 de setembro de 2011

Saudades, já!


No agito, sigo o grito que persegue meu ouvido.
No silêncio, eu sigo o nome teu.

Você seu rapaz, me fez feliz demais agora.
Eu vou te levar comigo, como o senhor bem queira.
Para eu não dormir sozinha.
Ainda que o lugar seja hospitaleiro.
E as estrelas brilhem mais nestes novos céus.
Sem teu braço no meu ombro, vai ser ruim.
Por isso esta necessidade de te levar comigo.
Por isso a inquietação de não te deixar aqui.

No agito, sigo o grito que persegue meu ouvido.
No silêncio, eu sigo o nome teu.
Saudades, já.



Tainná Vieira

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Félicité


Diante dos últimos fatos, eu digo felicidade. Digo calmaria, sono bom. Digo verdade.
Aqui os momentos são passageiros demais. Está aqui, não está. Essa alegria de ser vida, de fazer chorar de rir. A cantoria de hoje canta FELICIDADE. Será isso meu Deus o que sinto agora?
Só porque não paro de dizer que eu amo ... Que amo as pessoas e o que elas me acrescentam. Que só me fez bem todo esse tempo... as lições que a gente aprende, estão aprendidas e pronto.
O tempo é bom pra sonhar... e pra sentir essa brisa de agora, que só me traz a paz e me faz ser mais feliz.
E confesso uma estranheza danada, está de fato feliz é muito medonho. Enquanto dura este cheiro de flor doce, eu vivo e aproveito as boas sensações. Se acabar tanto faz, tanto fez... já valeu tanto a pena.


Tainná Vieira

domingo, 11 de setembro de 2011

Miragem


No caminhar desta tarde... eu vi você.
Mas não sei se foi verdade, e a verdade é esta que se vê no me caminhar... de tanto que queria lhe ver acabei por imaginar que você estava ali, com seus amigos contando as suas vantagens.
Mas agora pensando bem, ficou claro demais que não era seu rosto, não poderia ser... o rosto que vi era inocente demais pra ser seu, era gentil e alegre demais, não tinha a tua malícia rapaz... tinha não.
E quem dera eu, fosse o rosto teu ali, tão perto de mim... e quase perto do meu.


Tainná Vieira



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sentiment


Mas é muito grande a responsabilidade de colocar dentro de alguém algo que lhe falta, porque se um dia por acaso você perder este alguém, vai continuar faltando o que ele supostamente completou, e vai faltar ainda mais coisas. Por isso  nunca se deve deixar-se nas mãos de ninguém, se a gente se prende não é feliz de fato, pois depende de outro alguém. O bom é ser acréscimo, não complemento.


Tainná Vieira

domingo, 4 de setembro de 2011

Prosa na madrugada


Teria tantos títulos pra este poema. Poderia chamar de "Amiga", e até mesmo "confidente".
Poderia falar de como me sinto bem pelo fato do tempo passar, das pessoas mudarem em mim, dos gestos serem os mais simples e ao mesmo tempo os mais lindos! Não sei falar de sentimentos, as vezes faço uma coisa ou outra pra demonstrá-los, as vezes dá certo e as vezes não.
Por agora me faltam as palavras bonitas. A beleza está nos gestos de afeto, nas palavras de compreensão, nas tão boas conversas na madrugada, na tua especialidade que é o brigadeiro, na minha especialidade que é o não sei que, não sei que lá. A beleza tá no abraço, na quase lágrima, no segredo. A beleza está nisto que surge e a gente percebe pouco a pouco.
A beleza de fato está na chuva, e no minuto que a gente esquece que a vida é breve, que a gente não liga pra roupa molhada, nem para as pessoas que teimam em nos julgar. A beleza minha amiga está no não ligar!


Tainná Vieira

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Elle a insisté sur l'écriture



Calada com os botões da minha blusa, eu insisto em escrever.
Meu verso é livre agora, por isso está sem rima e sem as cores da primavera.
Meu verso não é conduta, nem prisão. É onde eu consigo libertar os meus demônios, onde está toda minha dor, toda a minha raiva... E todo amor que eu sinto.
Meu verso é complemento de mim.
É chão que piso.
É noite clara.
Clareza sem que haja luz.
Como pode ser verso então?
Não há discernimento, nem figuras de linguagem, meu verso é a verdade, a mentira e a ilusão.
O meu verso é paixão, onde revelo os meus desejos, onde expresso meu desespero.
O meu verso é desabafo, é canto triste das noites de cantorias.
Ele é meu, sou eu, e é assim que me ponho no mundo.


Tainná Vieira

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Eu penso ser Geógrafa!


Resolvi ser na vida... o que a vida quiser.
Não deu certo ser cantora, meu canto é desafinado. Poderia eu ser viajante, mas criei raízes neste lugar, me apaixonei pelas pessoas. Ainda algumas vezes passa em mente a ideia de lecionar, acho que não é uma boa ideia, mal sei de mim... então como eu poderia ensinar? Mas deixa estar que eu serei o que a vida quiser. Posso até ser boêmia, das noites mornas de lua não muito cheia... beber os poemas, escrever novos vinhos, dançar a música daqueles que ainda não sabem o que irão ser. Acho uma boa a boemia. 
Mas o que eu gosto mesmo é de querer saber das coisas, é de falar com as pessoas, sentir o cheiro da vida que brota do chão, e como este chão que piso agora se formou. Eu gosto mesmo é de tocar nas coisas, do sol e do vento no meu rosto, da chuva enquanto eu corro do frio. Gosto de andar, correr se necessário... das trilhas da vida. Eu gosto mesmo de falar, de opinar sobre coisas do meu lugar, e de ver como este lugar se transforma a cada dia mais. Por isso penso em ser Geógrafa, talvez até faça faculdade de Geografia um dia.
Foi isso que a vida quis de mim, eu aceitei. Porque eu quero conhecer o mundo. 

Tainná Vieira

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

l'amour qui ne rentre pas dans l'amour

        

         Que posso eu me queixar de vocês, se são somente vocês que colhem meus mais sinceros sorrisos, são vocês que guardam meu lugar na fila, e um também em seus corações. Que posso eu se não jogar as mãos aos céus e agradecer o fato de vocês enxugarem as lágrimas de agora e pelas vezes que vocês dizem que tudo irá dar certo. Hoje trouxeram-me as flores da estrada, guardaram um pouco do perfume que colheram da tarde e trouxeram junto. Que posso eu se não amá-los, querer o bem de cada um de vocês, se hoje em especial vocês me acolheram em seus braços, deram-me colo para que eu chorasse as lágrimas de uma vida. Me sinto tão inferior, por não fazer nada de extraordinário a meus, nada que chegue nem perto do que eles fazem por mim.

         A sorte é minha melhor companheira, a sorte de tê-los aqui comigo, da gente sair pra comer num lugar qualquer... e se divertir fazendo coisas bobas, lembrando os tempos de crianças. Estas coisas simples que eu não posso deixar calar, pois hoje o sentimento que eu tenho por vocês não me deixa não dizer o quanto é grande este amor, esta vontade de que todos caibam aqui no meu quarto, pra que possam me abraçar e dormir perto de mim, já que não gosto  de dormir sozinha.
           
         Meus amores-amigos obrigada por especialmente nos últimos dias estarem junto comigo... eu amo tanto vocês, mas tanto. Que de tão grande esse amor nem cabe no meu poema, nem cabe na minha música, nem cabe sequer dentro de todo este amor!

Tainná Vieira

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Olha só o que nós temos aqui!


Casa, comida, trabalho.
Vou dormir que amanhã tem o trabalho.
Antes vou tomar banho, jantar e ler um pouco, pra depois poder dormir de vez.
Mas ainda antes de dormir, vou checar a minha caixa de emails pois pode ter algo que me importe.
E depois tudo isso eu vou dormir, para sonhar que amanhã não tem trabalho!
Enquanto o sono não vem ouço as mesmas músicas que falam de amor, e que descrevem um pouco do que sou eu. Não abandonei também a música instrumental francesa, nem os versos desnudos que leio para acalmar meu tempo. 
O sono ainda não veio aqui me visitar, o espero com a ânsia de uma noiva apaixonada.
Enquanto não vem, eu leio um bom livro que fala das flores na estrada, mas não fala muito de amor.
Vejo um filme, escrevo um conto... faço tudo mas o sono não vem.
Talvez seja a hora de parar de pensar em você!
ZzZzZZzZzzZzZZZzzzzZzZzzZzZzZZzz

Tainná Vieira

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ÉPHÉMÈRE



Essa música que de tão leve embala meu sono, é a música de me ninar. Ai ai... ainda bem que o tempo não é estático, e o espaço pode ser modificado com simples palavrinhas mágicas. O sono vem, e eu durmo, e por umas cinco horas me ausento de todos os males, embora eu saiba que no dia seguinte terei de enfrentá-los novamente. Vamos a realidade... fica dormindo e perde a parada, é até triste se não fosse cômico, eu sei que o certo seria que esta frase saísse contrária... mas eu não ligo para a estética do texto amores. 
Recomeço, recomeço, recomeço... vou gritar aos quatro cantos a palavra recomeço... talvez seja hora de jogar fora alguns sentimentos, e quem sabe velhos escritos, roupas não mais usadas, estas coisas todas que só estão entulhando meu quarto. Jogo agora o falso amor, que vá fora daqui também os falsos amigos. Eu quero é me libertar. Jogo fora a última lágrima por este amor, jogo o ultimo verso mal escrito, jogo as palavras que eu ainda tinha por dizer.
Quero música nova, quero coisa moderna, quero uma nova memória. As coisas são efêmeras  e aí está toda a minha sorte.
Eu poderia ficar triste, mas eu escolhi ficar feliz.



Tainná Vieira

domingo, 31 de julho de 2011

Bon Voyage



A estrada que se segue, é calma. Monótona em alguns pontos, a viajem longa me dá sono.
Ao lado tenho comigo uma mala cheia de roupas mal passadas, tenho também um velho travesseiro que guardo desde criança. Não diria que o que estou fazendo agora seja um tipo de fuga, não fugiria da vida... é mais uma espécie de recomeço, de deixar pra trás. Penso tanto nos amigos que vou deixar aqui, mas partir é a chance que eu tenho de conhecer esse mundão, não posso deixar esta chance ir longe de mim.  
No caminho ouço as músicas que ouvia nas noites de festa com os meus, tenho um livro com os versos escritos por eles, levo tudo isso comigo, no meu colo. Na minha bagagem carrego inúmeras lembranças dos corações que eu deixo nesta cidade, não iria sem levar um pouco de vocês.
Vou deixar também algo de mim, para que vocês sempre lembrem-se dos meus olhos de carinho, deixarei uns versos novos que fiz e minha coleção de CD's, deixarei também para quem quiser um lugar vago no meu coração, cabe todos vocês eu acho...
Por agora eu olho as arvores frondosas desta estrada, temos tantas estradas por percorrer ainda. O sono não vem e poucos aqui se dispõem a falar sobre as arvores da estrada, lembro do tempo em que caminhava entre as arvores com os meus. A saudade é malvada demais, a saudade acaba com o meu desejo de ir...  Passam as luzes, e poucas são as vezes que eu avisto as flores da estrada, mas quando vejo sinto uma alegria tremenda, lembranças do tempo em que brincava no jardim de minha avó.
Só peço que não se preocupem, estarei bem, muito confortável acredito, ademais as férias logo chegarão e poderei visitá-los... além disso mandarei para todos lindos cartões postais. Sei que será difícil deixar uma vida para trás... mas tenho que ir... essa vontade de me achar é mais forte do que eu.
Um beijo meus amores!
Algumas batalhas são travadas por amor (Anos Incríveis)
Tainná Vieira



quarta-feira, 20 de julho de 2011

Qui je veux de mon côté


Passo pouco tempo com os meus.
Meu tempo é conduta, livros, projetos... Há tanta coisa a fazer.
Os meus...
Não amo vocês o suficiente, eu sei... Talvez eu seja egoísta demais, deve ser isso. Só que o pouco na presença de vocês é como se fosse o dia inteiro, é brisa... Canto limpo, é complemento.
Rir próxima aos seus rostos, chorar às vezes... Quando a dor já não me agüenta.
Brigar com vocês. Contar minhas histórias, e desafinar na música.
Perto de vocês o tempo é devagar, a canção é feliz. Os pedidos feitos as estrelas cadentes eu realizo em suas companhias. Eu não sei mais nada, não sei muito sobre a vida de vocês, sobre as músicas que estão ouvindo no momento, também não sei sobre as viagens feitas, talvez eu saiba pouco de vocês.
Só queria dizer que apesar de não amá-los como vocês merecem, apesar disso, eu amo.
Amo vocês do meu jeito torto, com beijos nos seus rostos... E abraços rápidos.
Amo com a clareza de ser verdade este amor.
Quero juntá-los um dia... Para que fiquem sempre ao meu alcance, quero vocês comigo.
Quero que dancem comigo até o sol raiar e os pássaros cantarem mais uma canção para voltarmos a dançar.
Meus amigos perdoem-me as faltas, e as vezes que eu não ouvi vocês, perdoem-me este amor torto, perdoem-me as conversas rápidas e principalmente perdoem-me por não está sempre por perto para proteger vocês... Este é um dos meus sonhos, que nada de ruim aconteça a meus amigos.

Tainná Vieira

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ensemble, nous allons



Nas novas andanças...
Nos céus claros...
Nas ruas molhadas...
Nas flores da estrada.

Eu + você em tudo isto.

Nas tempestades.
Parados em um barco.
Na chuva do fim de tarde.
No café frio e sem sabor.

Eu + você + nossa dor em tudo isto.

Na nossa lágrima.
No não saber explicar nosso choro.
No lá lá lá, no blá blá blá.
Na canção.

Eu + você + mas toda nossa força em tudo isso.

No meu, no teu, naquilo, nisto.
Na varanda deitados na rede.
Na vida. No tempo. Na noite.
Na falta de descanso.

Eu + você + nosso amor em tudo isso.



Tainná Vieira

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Carta


Campo dos iluminados, 22 de junho de 2011.

Primeiramente quero dizer que aqui, na sala de estar, tem uma grande poltrona, uma lareira e um gato no tapete verde claro. Nas estantes repletas de livros, encontrei um velho manuscrito sobre a música medieval que tanto ouvíamos outrora, muito bom por sinal. Talvez na minha viajem de volta o leve escondido entre minhas vestes. Outras coisas destaco neste local, como por exemplo as pessoas confusas que não entendem nada das minhas roupas, nem das músicas que sempre ouço no inicio da manhã. 

Tem muitas coisas que poderia dizer, só que agora gostaria de te perguntar coisas também. Como está a vida por aí? E o clima? Bem frio, suponho. Alguma banda nova? E as tendências da moda?

É tanto a sabermos um do outro, e nós separados por um grande oceano, que por sinal não é feito de água, e sim de desilusões. Aqui é bom, ver os velhinhos nas praças, e compor alguns poemas ao pôr do sol. Aqui tem flores em quase todas as ruas, aquelas silvestre, que você sabe que eu gosto. As vezes eu paro para colher algumas flores, coloco-as no vaso, presente do meu pai. É o que tenho feito por aqui. Ah... também saio algumas noites para ouvir uma banda que toca em um bar no fim da rua, é uma música calma e eles tocam bem, talvez um dia você queira conhecê-los.
Acho que volto no fim de julho, quando as flores daqui secarem, o inverno sem você é gélido demais. Encomende algumas frutas da época para quando eu voltar, alguns pêssegos e figos se puder. Levarei presentes para você, uma flauta e também algumas bolas de gude para completar a sua coleção.

Me despeço por agora, e aguardo a resposta dos meus questionamentos.
Um beijo.

Ps: A saudade das suas mãos nos meus ouvidos só aumenta.


Tainná Vieira

sábado, 18 de junho de 2011

Adieu mon amour



Cansei de falar de amor. O amor acaba com meus poemas e tudo resume-se a ele.
Estou de mau com você mon amour. De mau com o perfume das suas mãos.
Talvez hoje eu saia para dançar, já que para você isto é indiferente.
Mas depois não venha pedir meu cheiro emprestado, nem largue sua mochila velha no chão da minha sala.
Não me peça o vinho e a massagem nos seus ombros, não me peça o olhar de paixão.
O mundo criado por nós, a partir de hoje despedaça-se. A partir de hoje largo mão de você, e não está doendo meu coração. Nenhum punhal está cortando-me por dentro, nem lágrima nos meus olhos.
Ouço por agora uma música boa, que nada me lembra seu corpo, seu desejo de mim.
É grande demais este mundo mon amour, e talvez, mas só talvez, voltemo-nos a nos encontrar.
Você com seu cão e eu com minha bicicleta violeta, numa praça qualquer.
Então contaremos um ao outro, dos nossos novos casos de amor, e vamos rir juntos de tudo que passamos.
Enquanto este dia não chega lhe deixo apenas um beijo de adeus. EU TE AMO.


Tainná Vieira

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O que fica por dizer


Eu que tinha tantas coisas para falar por estes dias.
Me resumo a simples recordações, calada com os botões do mu vestido.
Eu que gostaria de relatar os fatos ocorridos na minha viajem, as noites naquela cidade fria, resumo a fotografias estes acontecimentos. Resumo a letras de músicas os resultados destas noites.
Tenho muito a falar por aqui, por isso vou resumir tudo em simples palavras, sem rimas ou versos.
Eu fiquei por você, só por causa do seu abraço, só porque você sorriu pra mim.
Eu mesmo já não aguento mais falar desse amor, está ele atormentando os meus versos, já não aguento.
Mas vou lhe esperar meu querido rapaz, acho que o meu lugar deve ser do seu lado, talvez não seja. Mas eu vou te esperar, talvez até ame você.


Tainná Vieira

sábado, 4 de junho de 2011

Flor silvestre do meu sertão


Trago novidades, de um barco onde velejei.
Trago as paisagens mais belas, as fotografia mais coloridas, trago o sorriso das pessoas... os fingidos e os realmente felizes. Em minha bagagem, roupas sujas e lembranças, geralmente artesanatos ou flores novas.
É dentro do meu coração que trago o olhar dos carentes sertanejos, as casas de taipa e os animais de estimação. E dentro do meu coração carrego um pouco da dor e da solidão destes sertões, assim como toda a vicissitude contraditória destes locais. Pela janela do ônibus avisto um pouco mais que a vegetação esparsa, avisto a vida que ali se esconde, a terra alaranjada, os frutos selvagens e tão doces... avisto um pouco mais ainda, um amor perdido entre as flores amarelas. Pequena flor que cresce ali, eu a vi.

sábado, 21 de maio de 2011

Convidativo

Provar das frutas mais doces, dos vinhos mais suaves, o intimo dos sabores é o que procuro dia a dia.
Corre junto comigo, sente o perfume das flores silvestres, nós podemos encontrar juntos uma nova fragrância. 
Eu sei que ainda é cedo para me perder de vez, mas me perco todos os dias, e me acho só à noitinha quando as pessoas chamam por meu nome e perguntam sobre minhas incertezas. 
Você pode vir junto comigo, se quiser. Você quer?
Anda comigo à tardinha, é a hora que eu gosto de pensar, nada de aproveitável, claro, os bobos é a que aproveitam os pensamentos. Eu deixo que os pensamentos pensem por si só, que se percam dentro de mim. 
Os bobos.
Finalmente toquei no nome deles, tão bobo-bobinhos que guardam para si os meus ressentimentos, não liguem se eu não olhar para vocês quando eu passar feliz pelas ruas, nem olhem também para mim.
Eu convidei somente uma pessoa para vir junto comigo e até agora ela não me respondeu.
Pergunto novamente e pela última vez: Você vem junto comigo?
Nós podemos dançar se você quiser. Você quer?
Quem dera eu me livrar desta dor boa, que é este amor que te sinto, que é capaz de me fazer voltar atrás com as palavras, pois eu disse que iria perguntar só por mais uma vez. Mas pergunto todos os dias se você não quer me acompanhar. O convite está feito meu rapaz. 



Tainná Vieira

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Desejo e Lágrima


As pessoas!
O que falar delas se faço parte do seu mundo?
Se cometo os mesmos erros, se choro com os mesmos filmes de amor?
O que falar das pessoas... que direito eu tenho de julga-las?
Eu sei que ouço as mesmas músicas, pinto os mesmos quadros, tomo os mesmos drinks.
Então porque, justamente eu falaria delas, dessas pessoas que tenho comigo e também das tantas outras?
Porque elas alimentam meu choro? Dissipam meus sorrisos? Porque fogem quando eu mais preciso delas?
Isso não é motivo suficiente, não é.
Talvez eu pudesse falar, caso isso me trouxesse algo novo, algo bom, mas não.
Só acho que eu poderia sorrir mais para elas nas ruas, dar mais "bom dia", ler mais a suas cartas.
A atenção é sublime. E sublime também são as pessoas.


Tainná Vieira

domingo, 15 de maio de 2011

Sem cheiro e sem cor... E o sabor?


É com você mesmo. 
Siga-me se quiser, mas mostre seu olhar ao caminhar perto de mim, deixe que te veja.
Nada mais te pedirei, a não ser é claro, teu prazer... Teu sorriso de delírio e dor. Teu canto sórdido, tua voz amarga ou doce. É muito para você? E é doce seu cantar?
Você que me lê, que guarda minhas fotografias, deixa eu te conhecer pra poder te seguir também.
Não te pedirei nada além de uma flor, de um vinho e um vaso para por as flores, e taças para o vinho, claro. Teu sono leve, teu bocejar... Nada mais que teus segredos, teus sonhos, tuas dores. Isso é pedir demais? E é quente teu andar?
Preencho estas linhas de uma folha branca. Termina esta historia comigo rapaz. Conta comigo essa lenda. Deixa que eu te levo pela mão, e te mostro o caminho. Conta também tua historia, fala sobre tua vida e se mistura na minha... Perde-se comigo.
É grande demais a espera que você me faz sentir, a ânsia e o medo... O desejo de não te perder, o saber que eu ainda não te tenho. Não faça assim meu rapaz, já disse em outros poemas, meu tempo é relativo... Não deixe que passe tão rápido, nem que demore demais.


Tainná Vieira

sábado, 14 de maio de 2011

Relatividade

O tempo agora é relativo... pode ser que não. Eu sei que para mim passa rápido demais, canta e chora no mesmo ritmo que eu, e dança junto comigo. Agora é tudo relativo, ou quase tudo. Como eu que muitas vezes dou voltas nas opiniões. Agora que o tempo vôa e demora. Agora, eterno é agora, que as vezes passa rápido, mas que também demora.
Agora que ele passou e não me viu, não me tocou, agora demorou. E depois passou tão rápido, quando ele olhou. Areia branca do mar, vôa rápido-devagar, suja meus pés com esta areia.
Agora que o tempo é agora, ele não veio me ver. Agora acabou e é depois.
Já esperei tempo demais, ou de menos... já nem sei.
Só sei que demora esse agora.


Tainná Vieira

quarta-feira, 11 de maio de 2011

retour possible


Me pergunto porque tanto vai e volta. Porque a lágrima, e os sorrisos desesperados.
O jeito com que toca meus cabelos, deixa em mim um tempo bom... que vai e vem como nós dois.
Nessa dança eu sinto que pouco a pouco vou me perdendo, mas não me acho depois em você.
Me pergunto porque a ilusão... porque esse desejo de ilusão.
De leve sinto suas mãos tocando meus cabelos, eu olho você.
E por menos que eu queira, não consigo tirar os olhos do seu cheiro.
O som das suas risadas, o seu encostar no meu ombro nu, é o meu detalhe.
É você que é, se for perto de mim, e eu sem ser nada perto de você.
Por isso talvez o desprezo. É uma resposta plausível, não?




Tainná Vieira

sábado, 7 de maio de 2011

Eu minto.



Hoje estou ácida.
Sem palavras bonitas, sem versos, sem rimas, sem cor.
Por isso, e somente por isso, hoje não falarei das flores. Nem dos sóis.
Não falarei da vergonha, da dor de cabeça. Não falarei de você.
De nada que me lembre seu olhar.
Não contarei sobre seu olhar doce em direção ao meu.
E de nada que me recorde seu beijo, de nada que me recorde o estar com você.
Não ligarei se quer para o choro de agora, pois sei que agora é um instante tão fugaz quanto o depois.
Hoje não lembrarei dos perfumes, das rosas brancas, dos bombons e de nada que me recorde teu abraço forte.
Tua mão, dessa sim vai ser difícil esquecer, pois eram elas que fechavam meus olhos nos dias cansativos.
Ficou claro eu acho, não sentirei falta de nada, além das mãos.
E juro que não contarei mentiras, pois já não acredito no que eu digo.

Tainná Vieira

domingo, 1 de maio de 2011

Tom





Ao som da música leve, eu descanso. Lembrando os filmes repetidos da TV.
Vem um sono, uma calma que nada parece real. A música muda o tom. AGITO!
Levanto para arrumar minhas coisas, nada arrumado. BAGUNÇA!
Coral das vozes noturnas, coral canta os amores, cantas as flores da estrada.
Sempre falo das flores!
CANÇÃO!
Mudam agora os cantores, agora cantam mulheres. E novamente a calma.
Retorna os bons pensamentos, enquanto ela canta. Mas que dor!
Que dor eu sinto no rosto da mulher que canta, que cansaço. Dorme em mim esta mulher!
Sai de mim.
Minha música não deve ser triste, é no agito que faço bem as coisas.




Tainná Vieira

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O amor eu não sei contar



Que seja amor ao que não é verdadeiro, que seja perda de tempo.
Eterno no segundo que corre, maduro no grito e na lágrima.
Que seja realidade nua e cozida, que seja o que a verdade possa mentir.
Distante na estrada dos desencaminhados.
Que seja vida no instante que passar,
eterno vento que sopra nos meus cabelos crespos.
Que seja o que eu não sei explicar, amor, amigo, amante...
Que sejamos sós e juntos um do outro, que sejamos luzes nas terras desenluminadas
Que eu seja até mesmo neologista, só pra rimar amor com você.
A felicidade é pequena demais, o eterno é estar em um barco agora, e o amor?
Este não sei contar, mas posso dizer que deve ser ao menos metade do eu sinto agora, metade dessa dor, dessa alegria...
Metade de tudo isso misturado em um caldeirão.


Tainná Vieira

sábado, 16 de abril de 2011

Poeminha de amor

Os amores perfeitos são quase impossíveis.
Mas quando possíveis, são mais-que-perfeitos.



Tainná Vieira

domingo, 3 de abril de 2011

Mensagem subliminar





Escrever tornou-se agora um refúgio. Nas palavras encontro o meu entendimento.
E na calma do digitar, ouço sinos que me trazem pouca inspiração. 
Por agora escrevo sonetos, as vezes crônicas e versos soltos.
Por agora eu escrevo a calmaria e ao mesmo tempo o desespero, a sorte de um amor de vai-vem.
Escrevo somente a tarde, o barco, a conversa a dois.
E principalmente escrevo coisas soltas, sem nexo, para que somente os meus entendam.
Para que eu possa nas minhas palavras dizer quem eu sou. Mas ainda que me revelando por total, só os meus saberão que eu sou, o que faço, para que vim ao mundo. Nestas palavras de agora deixo um pouco de  mim, se for esperto me descubra, se for atento é aqui que eu revelo o meu segredo, ache-o.
Por enquanto me guardo em palavras, para não ser tão fiel ao mundo, deixo subliminar as coisas que dizem algo de mim.


Tainná Vieira

domingo, 27 de março de 2011

Amanheceu!




Na calma sigo meu passo, por muitas vezes sonolento, parado.
Sigo o passo no passo da alegria, ainda que em alguns dias o meu passo seja triste,
no fundo de toda tristeza eu guardo a beleza da alegria.
Ando por estradas vazias, e por vezes durmo em algum banco de praça, pra esperar o dia chegar.
Durmo e sonho o caminho colorido, e acordo com o canto do bem-ti-vi.
Bem te vi... dia que chegou!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Deixe apenas o que for bom



E cada segundo que passa ... é um segundo que eu perco um pouco mais. 
A cada minuto, um farol, uma declaração de meia hora.  
A cada hora uma nova estação, uma nova paisagem verde-oliva. 
Sinto que é tão estranho e bom, como se o tempo fosse feito de memórias, momentos, onde a hostilidade não cabe. 
Passa agora a brisa leve, leva, levo esse dia comigo.
Em um vento um pouco mais forte, levar o meu infortúnio, tormento. 
Pegue meus monstros, deixando apenas as flores doces da estrada, as quais tanto prezo. 
Um tufão está acontecendo aqui agora, agora que muda o ano, e as nuvens são mais azuis,  leva as nuvens, pedaço mais frio de mim, leve consigo também. 
Leve este sentimento de culpa breve, quando eu não durmo o sono dos justos, a culpa de nem sempre escrever para os amigos, leva a culpa ... 
Deixe-me a calma, leve somente a calmaria. 
Deixa o desejo, deixa o tom, o ritmo e a música de instrumentos leves.
O despertar, a alegria do meu rosto, solta, sem realizar esse sonho. 
Mas leve os falsos amigos, as falsas memórias, leva somente toda ilusão que me enfraquece nas manhãs de pouco sol.
Todo o resto é suportável, mesmo se a energia do vento diminuir, eu sei que os anos passam ... tão rápido quanto os segundos. 
Ficar perdido já não é o problema, tem tanta coisa envolvida nisso, se o tempo é curto. A principal questão é onde se perder, e com quem. 




Tainná Vieira

domingo, 13 de março de 2011

joyeux anniversaire




Dela só tenho a maior das saudades, a melhor das recordações.
O abraço apertado, as conversas sinceras, o olhar acolhedor.
Trago comigo teu sorriso mas amigo, tua canção mas feliz.
Trago tua paz, tua voz serena, teu passo firme.

És para mim, como uma estrela viva e brilhante, 
meu despertar nas horas de desespero
Meu gargalhar nos momentos de tristeza.
És minha amiga!
Flor de cada dia, com quem partilho minhas dores, meus amores, minhas alegrias.

Das homenagens, esta é a mais singela.
Mas pulsa meu coração, porque posso expressar todo carinho que te sinto.
Natália!
 Minha amiga, minha irmã, minha confidente. Só te desejo mais flores na estrada, mais chuvas de conquistas, mais raiar de sóis. Só te desejo a calma das pupilas, a luz do amanhecer. 

Eu amo você!!!
Feliz vida!


Tainná Vieira

sábado, 12 de março de 2011

Dos sonhadores a maior


Dos bosques, as flores mais vivas guardei.
Guardei a chuva que caia na tardinha, o sabor silvestre das madressilvas.
Aproveitei para guardar o calor da terra virgem, um pouco de vento quente.
Impossível é para mim, decifrar tudo isso, as coisas que eu guardo dos sonhos que eu tenho.
Ser criança em um dia, no outro anciã. É difícil mas passo dias e noites pensando nos sonhos.
Ser vida agora e morte ao mesmo tempo, que é simples viver assim.
A gente segue esse ritmo de sonho, e a vida?
E viver é só de ilusão?
Acho que é hora de acordar, que a vida passa num ir e vir de vento,
tão perto e tão mais perto de mim.
Por isso transformo, mudo, reinvento e acelero meus sonhos, o que para muitos é impossível.
Quando é assim é tão diferente, tão bom está comigo, tão ruim ao mesmo tempo.
E nesse misto de sensações, vou no passo da cantoria dos cantores que não sabem cantar.
Vou recitando meus próprios poemas sem rimas, cantando as vezes os versos dos outros.
E os sonhos? Eu deixo eles a sós, e vou no ritmo da chuva que cai na tardinha, e colho as madressilvas, rego a terra virgem, sopro o vento quente. E na mesma hora criança-anciã.
Sou a típica sonhante, das noites em claro.


Tainná Vieira

domingo, 6 de março de 2011

Desenho de março




O dia mal começa e já vejo tua casa azul, ontem tão suja. Apenas abri minha janela pra ver este espetaculo, a sua casa com portas e janelas cor de marfim, seria nossa casa um dia? talvez um lar? 
Num sorriso breve e sincero penso no futuro bem longe.
 Nós.
É por causa destes momentos que volta em mim a alegria, de vida longa e breve, a alegria dos meus dias sem nada a acrescentar, nada de que possa ter certeza, apenas dias comuns onde posso abri a janela, e me debruçar pra ver se te vejo. 



Tainná Vieira

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ressaca de um bom sonho



 Eles se amam, e dançam na hora das marchinhas.
Ele pierrot, ela colombina, bebem da alegria tão esbanjada e por momentos suja.
Gritam e correm descendo as ruas com seus rostos cobertos por tantas emoções.
E descem as ladeiras, e na descida tanta coisa acontece, que na multidão perdem-se aos poucos.
E somem um do outro, entre outros amores, entre outros carnavais.






Tainná Vieira