segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Atende


Ao som de rimas mal feitas, eu canto este amor mal amado.
Amor de cima do telhado, de felinos apaixonados... de humanos desajeitados.
E canto sem saber cantar, sem ter o tom, sem o gingado... 
canto este amor desengonçado, este amor de cima dos telhados.
Com formas mal organizadas, eu desenho o seu retrato, seu olho perto boca, 
seu nariz próximo a nuca, seu cabelo curto e negro cobrindo suas bochechas.
Eu desenho no fim, seu rosto-personalidade. A pessoa em desorganização.
Só quero tudo de volta, retribua e faça o mesmo meu rapaz.
Quero uma música feita pra mim, ressalte nela meus defeitos mais simpáticos e não esqueça as irritantes qualidades, nem esqueça de pintar meu retrato preto de um lado e do outro branco.
Faça isto por mim, meu querido e não pule do alto dos telhados.
Eu tenho medo de que caia em algum lugar que não seja nos meus braços, tenho um medo danado de ficar longe de você. Por isso, mas só por isso vou te fazer um pedido:
Menino! Você quer casar comigo? Ser ao menos meu amigo?
Me deixa ficar perto de você?
Se for pedir demais... realiza apenas o último pedido.
EU TE AMO!


Tainná Vieira