quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Elle a insisté sur l'écriture



Calada com os botões da minha blusa, eu insisto em escrever.
Meu verso é livre agora, por isso está sem rima e sem as cores da primavera.
Meu verso não é conduta, nem prisão. É onde eu consigo libertar os meus demônios, onde está toda minha dor, toda a minha raiva... E todo amor que eu sinto.
Meu verso é complemento de mim.
É chão que piso.
É noite clara.
Clareza sem que haja luz.
Como pode ser verso então?
Não há discernimento, nem figuras de linguagem, meu verso é a verdade, a mentira e a ilusão.
O meu verso é paixão, onde revelo os meus desejos, onde expresso meu desespero.
O meu verso é desabafo, é canto triste das noites de cantorias.
Ele é meu, sou eu, e é assim que me ponho no mundo.


Tainná Vieira

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Eu penso ser Geógrafa!


Resolvi ser na vida... o que a vida quiser.
Não deu certo ser cantora, meu canto é desafinado. Poderia eu ser viajante, mas criei raízes neste lugar, me apaixonei pelas pessoas. Ainda algumas vezes passa em mente a ideia de lecionar, acho que não é uma boa ideia, mal sei de mim... então como eu poderia ensinar? Mas deixa estar que eu serei o que a vida quiser. Posso até ser boêmia, das noites mornas de lua não muito cheia... beber os poemas, escrever novos vinhos, dançar a música daqueles que ainda não sabem o que irão ser. Acho uma boa a boemia. 
Mas o que eu gosto mesmo é de querer saber das coisas, é de falar com as pessoas, sentir o cheiro da vida que brota do chão, e como este chão que piso agora se formou. Eu gosto mesmo é de tocar nas coisas, do sol e do vento no meu rosto, da chuva enquanto eu corro do frio. Gosto de andar, correr se necessário... das trilhas da vida. Eu gosto mesmo de falar, de opinar sobre coisas do meu lugar, e de ver como este lugar se transforma a cada dia mais. Por isso penso em ser Geógrafa, talvez até faça faculdade de Geografia um dia.
Foi isso que a vida quis de mim, eu aceitei. Porque eu quero conhecer o mundo. 

Tainná Vieira

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

l'amour qui ne rentre pas dans l'amour

        

         Que posso eu me queixar de vocês, se são somente vocês que colhem meus mais sinceros sorrisos, são vocês que guardam meu lugar na fila, e um também em seus corações. Que posso eu se não jogar as mãos aos céus e agradecer o fato de vocês enxugarem as lágrimas de agora e pelas vezes que vocês dizem que tudo irá dar certo. Hoje trouxeram-me as flores da estrada, guardaram um pouco do perfume que colheram da tarde e trouxeram junto. Que posso eu se não amá-los, querer o bem de cada um de vocês, se hoje em especial vocês me acolheram em seus braços, deram-me colo para que eu chorasse as lágrimas de uma vida. Me sinto tão inferior, por não fazer nada de extraordinário a meus, nada que chegue nem perto do que eles fazem por mim.

         A sorte é minha melhor companheira, a sorte de tê-los aqui comigo, da gente sair pra comer num lugar qualquer... e se divertir fazendo coisas bobas, lembrando os tempos de crianças. Estas coisas simples que eu não posso deixar calar, pois hoje o sentimento que eu tenho por vocês não me deixa não dizer o quanto é grande este amor, esta vontade de que todos caibam aqui no meu quarto, pra que possam me abraçar e dormir perto de mim, já que não gosto  de dormir sozinha.
           
         Meus amores-amigos obrigada por especialmente nos últimos dias estarem junto comigo... eu amo tanto vocês, mas tanto. Que de tão grande esse amor nem cabe no meu poema, nem cabe na minha música, nem cabe sequer dentro de todo este amor!

Tainná Vieira

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Olha só o que nós temos aqui!


Casa, comida, trabalho.
Vou dormir que amanhã tem o trabalho.
Antes vou tomar banho, jantar e ler um pouco, pra depois poder dormir de vez.
Mas ainda antes de dormir, vou checar a minha caixa de emails pois pode ter algo que me importe.
E depois tudo isso eu vou dormir, para sonhar que amanhã não tem trabalho!
Enquanto o sono não vem ouço as mesmas músicas que falam de amor, e que descrevem um pouco do que sou eu. Não abandonei também a música instrumental francesa, nem os versos desnudos que leio para acalmar meu tempo. 
O sono ainda não veio aqui me visitar, o espero com a ânsia de uma noiva apaixonada.
Enquanto não vem, eu leio um bom livro que fala das flores na estrada, mas não fala muito de amor.
Vejo um filme, escrevo um conto... faço tudo mas o sono não vem.
Talvez seja a hora de parar de pensar em você!
ZzZzZZzZzzZzZZZzzzzZzZzzZzZzZZzz

Tainná Vieira

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ÉPHÉMÈRE



Essa música que de tão leve embala meu sono, é a música de me ninar. Ai ai... ainda bem que o tempo não é estático, e o espaço pode ser modificado com simples palavrinhas mágicas. O sono vem, e eu durmo, e por umas cinco horas me ausento de todos os males, embora eu saiba que no dia seguinte terei de enfrentá-los novamente. Vamos a realidade... fica dormindo e perde a parada, é até triste se não fosse cômico, eu sei que o certo seria que esta frase saísse contrária... mas eu não ligo para a estética do texto amores. 
Recomeço, recomeço, recomeço... vou gritar aos quatro cantos a palavra recomeço... talvez seja hora de jogar fora alguns sentimentos, e quem sabe velhos escritos, roupas não mais usadas, estas coisas todas que só estão entulhando meu quarto. Jogo agora o falso amor, que vá fora daqui também os falsos amigos. Eu quero é me libertar. Jogo fora a última lágrima por este amor, jogo o ultimo verso mal escrito, jogo as palavras que eu ainda tinha por dizer.
Quero música nova, quero coisa moderna, quero uma nova memória. As coisas são efêmeras  e aí está toda a minha sorte.
Eu poderia ficar triste, mas eu escolhi ficar feliz.



Tainná Vieira