domingo, 15 de maio de 2011

Sem cheiro e sem cor... E o sabor?


É com você mesmo. 
Siga-me se quiser, mas mostre seu olhar ao caminhar perto de mim, deixe que te veja.
Nada mais te pedirei, a não ser é claro, teu prazer... Teu sorriso de delírio e dor. Teu canto sórdido, tua voz amarga ou doce. É muito para você? E é doce seu cantar?
Você que me lê, que guarda minhas fotografias, deixa eu te conhecer pra poder te seguir também.
Não te pedirei nada além de uma flor, de um vinho e um vaso para por as flores, e taças para o vinho, claro. Teu sono leve, teu bocejar... Nada mais que teus segredos, teus sonhos, tuas dores. Isso é pedir demais? E é quente teu andar?
Preencho estas linhas de uma folha branca. Termina esta historia comigo rapaz. Conta comigo essa lenda. Deixa que eu te levo pela mão, e te mostro o caminho. Conta também tua historia, fala sobre tua vida e se mistura na minha... Perde-se comigo.
É grande demais a espera que você me faz sentir, a ânsia e o medo... O desejo de não te perder, o saber que eu ainda não te tenho. Não faça assim meu rapaz, já disse em outros poemas, meu tempo é relativo... Não deixe que passe tão rápido, nem que demore demais.


Tainná Vieira