sábado, 4 de junho de 2011

Flor silvestre do meu sertão


Trago novidades, de um barco onde velejei.
Trago as paisagens mais belas, as fotografia mais coloridas, trago o sorriso das pessoas... os fingidos e os realmente felizes. Em minha bagagem, roupas sujas e lembranças, geralmente artesanatos ou flores novas.
É dentro do meu coração que trago o olhar dos carentes sertanejos, as casas de taipa e os animais de estimação. E dentro do meu coração carrego um pouco da dor e da solidão destes sertões, assim como toda a vicissitude contraditória destes locais. Pela janela do ônibus avisto um pouco mais que a vegetação esparsa, avisto a vida que ali se esconde, a terra alaranjada, os frutos selvagens e tão doces... avisto um pouco mais ainda, um amor perdido entre as flores amarelas. Pequena flor que cresce ali, eu a vi.