terça-feira, 23 de novembro de 2010

O muito que nada me diz!



Por muito tempo olhei a vida com um ar de superioridade.
Achando saber manobrá-la, dominar as suas peripécias.
E lá vem ela, verdejante-rubra.
Lá vem ela me dizer que nada sou.

Foi-se embora a minha superioridade,
meu ar de desprezo nas tardes tristes.
Me jogou, me fez dela prisioneira...
Esta vida, que sem pensar escolhi ter.

Noites perdidas,
que passo em claro pra tentar adiantar a vida.
Como se me pudesse planejar.
Sem saber que depois ela vem, pra me dar uma rasteira.

Falo geralmente da vida.
Passando por cima das coisas simples.
Falo do amor, da dor, das grandes alegrias.
Mas esqueço as flores silvestre, falo somente das rosas.

Daí vem ela , magestosa!
Somente pra me mostrar que o importante
é o pouco.
Que o pouco é quem liga a vida,
nos minimissímos detalhes.

Aprendi amar o pouco,
que se transforma no muito
quando a gente dar valor.

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