E na bagunça do meu quarto, eu bagunçei minha vida.
Entre discos, entre livros, estava ela por lá.
Nos meus frascos de perfumes, no quilos de maquiagem, parecia tão pedirda.
Que vida tão frágil é esta que se perde entre lençóis?
E tento achar um momento, para arrumar o meu quarto.
Nos meus minímos detalhes, vasculhando cada canto, desta humilde confusão.Cartas velhas, roupas velhas, cheiros de antigos amores.
Descartar estes pertences, que não me pertencem mais.
Tirar daqui estes cheiros, estas caixas de lembranças
Estes jogos de crianças, e os meus livros de romance.Jogar fora os meus retratos, minhas fitas de cetim.
Jogar fora essa saudade, e essa mágoa incumbida.
E perder-me a cada instante nesta confusão sagrada.
E a vida é o reflexo do meu quarto.
Uma doce confusão,com uma música alegre de fundo.
Naquelas bijouterias de plástico velho e sem brilho...
Naqueles velhos brinquedos de cima da minha cama.
Minha vida, minha lida... perdida nesta bagunça.
Tainná Vieira
1 comentários:
Que lindo Tainá! *.*
Postar um comentário